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Por: Paulo Leandro

De pai pra filho, tal como Januário e Gonzagão. No forró da crônica esportiva, o som pé de serra vem de Cléo para Sheldon, família Montalvão dando aulas diárias de conteúdo esportivo de qualidade. O que distingue o bom e útil cronista, aquele que está a serviço da sociedade, em relação à banda pobre, obediente a interesses de políticos, cartolas, marqueteiros e afins?

Muito simples amigo (a)s. O discernimento e a clareza que crônica esportiva é parte integrante do jornalismo e portanto é contra-poder. A crônica que não vigia, que não fiscaliza, não denuncia nem aponta as fraudes, é apenas mensageira do poder dos cartolas encastelados décadas no bem bom dos gabinetes. De Cléo, pioneiro do telejornalismo esportivo, a seu filho Sheldon, esta pegada firme contra-poder tem o efeito de contrariar interesses e defender a comunidade esportiva das nojentas armações.

Não se espere aqui, portanto, elogios fáceis, mediante troca de benefícios vários. Provavelmente Sheldon não ficará rico como Cléo não ficou. Mas seus internautas estarão milionários de informação decente, sem máfia com estas ou aquela fonte de informação. Você, Internauta, pode ficar orgulhoso e satisfeito de acessar um espaço virtual pautado no auto-domínio, no dever de bem informar e na harmonia do estilo de textos e edições preparados no capricho. Viva a crônica esportiva que se pode chamar assim por sua posição de independência e senso crítico, sem aliar-se com aqueles que o jornalista tem por dever marcar bem de perto para defender a comunidade esportiva.

Paulo Leandro é jornalista, cronista esportivo e professor da Unijorge.